quinta-feira, 18 de setembro de 2014

OS ATRIBUTOS DE DEUS











   
                                                       




                                                              
Para que possamos estudar ou analisar os atributos de Deus, faz-se necessário ponderar sobre alguns aspectos que envolvem este assunto, e, diga-se de passagem, de suma importância para nossa vida e fé cristã, pois, é impossível um estudo para o qual não estejamos de fato interessados, tendo em vista, alcançar algo proposto. Observa-se que este trabalho ( resumo ) e tudo mais que se possa escrever sobre a Divindade, não atingiria a totalidade dos atributos de Deus, porquanto o universo não o pode conter. Conforme se verifica no livro de teologia sistemática de Wayne Grudem, aplicam-se “vários métodos de classificação dos atributos de Deus”, porém, por se tratar de um resumo, seguiremos o raciocínio indicado no livro, fazendo aqui, uma breve apresentação destes atributos, e posterior detalhamento dos mesmos. 1- Os atributos incomunicáveis de Deus. Diz-se de atributo incomunicável, aqueles quais Deus não partilha conosco, ou não nos comunica. Pode-se, citar alguns como: a Eternidade de Deus, a Imutabilidade de Deus, e, a Onipresença de Deus.

2- Os atributos comunicáveis de Deus Diz-se atributos comunicáveis de Deus, aquele dos quais Deus partilha conosco, através de nossos reflexos sentimentais ou sensoriais. Pode-se citar aqui, o amor de Deus, o conhecimento de Deus, e, a justiça de Deus. Dentre os atributos incomunicáveis e os comunicáveis de Deus, há um fio de espada que os separam, pois tendoem vista que todos emanam do mesmo Deus, da mesma fonte, em determinadas circunstâncias eles se fundem um ao outro, e se sobrepõe um ao outro, e o que determina a percepção da diferença, passa a ser tão somente, a maneira e o meio pelo qual Deus se manifesta ( ou manifestou ) ou agiu para com o homem. Deste modo, pode-se dizer que não há atributo que seja plenamente comunicável ou atributo que não seja plenamente incomunicável, pois, Deus partilha fagulhas de seus atributos para com o homem, ao menos para percebê-lo, porquanto este foi feito a sua imagem e semelhança. Gn. 6.26. Portanto, afirmar definitivamente sobre qualquer atributo de Deus, e, especialmente os Incomunicáveis, corre-se o risco de os compreende-los equivocadamente, pois, estes, são menos familiares à nossa existência. 1.1 A Independência de Deus. Este atributo, segundo Grudem, é definido assim: “Deus não precisa de nós nem do restante da criação para nada; porem, tanto nós quanto o restante da criação podemos glorificá-lo e dar-lhe alegria” Os textos da Palavra de Deus, dos quais fazem menção a este atributo, de fato nos proporcionam tal compreensão acerca dEle. O apóstolo Paulo, por exemplo, no texto de At. 17.24-25, ao anunciar o evangelho aos atenienses no areópago, diz: “O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há, sendo ele Senhor de céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; nem tampouco é servido por mãos humanas, como senecessitasse de alguma coisa...” e assim como este, a escritura está recheada de textos que proporcionam esta mesma linha de interpretação da independência de Deus. Muito embora, isto seja uma realidade no mundo de Deus, por vezes é mal interpretada pelo ser humano, dada a necessidade de relacionamento de qualquer ser, humano ou divino, carnal ou espiritual. Sendo Deus independente, poder-se ia pensar que Ele se sentiria ou sempre esteja só. No entanto, as escrituras nos mostram um profundo, e, até mesmo intrínseco relacionamento, entre o que hoje chamamos de Trindade Divina. Por exemplo, em João 17. 5, Jesus, na sua oração intercessora pela recém formada igreja, diz: “E, agora, pois, glorifica-me tu, ó pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse.” Portanto, pode-se afirmar, que no mundo de Deus, não existiu, não existe e nem jamais existirá solidão, vazio ou falta de comunicação. O que está implícito nos textos, é que de fato, Deus tem existência autônoma, por si mesmo. E, isto nos mostra seu propósito na criação, que esta comunhão fosse aumentada de tal forma, a proporcionar união entre criador e criatura. Este é o ponto de equilíbrio, união relacional, resultando em reconhecimento e glória ao criador, para que não venhamos a nos sentir insignificantes com respeito a independência de Deus. 1.2 A imutabilidade de Deus. Este atributo pode ser definido assim: “Deus éimutável no seu ser, nas suas perfeições, nos seus propósitos e promessas; porém, Deus age e sente emoções, e age e sente de modos diversos diante de situações diferentes”
a. Evidencia nas escrituras: afirmam-se nas escrituras, através de referencias a coisas que demonstram serem permanentes, como a terra e os céus, que estes, ante a imutabilidade de Deus, se “envelhecerão” e “perecerão” como uma veste, sl.102.25-27 e o apóstolo Tiago, 1.17 nos diz: “em Deus não há mudança e nem sombra de variação “, nos mostra que diante da fragilidade da vida humana, em comparação a existência da própria terra, pois a nossa vida é como um suspiro, sl. 90.9, de fato, para haver uma existência a uma proporção maior que a terra e céus, podemos deste modo declara-la imutável. Esta imutabilidade, é acompanhada de propósitos, diga-se, variados, incluindo-se aqui, até mesmo o plano de redenção desta frágil vida que povoa a terra, o homem, Ef. 1.4 “nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele”. E Deus é imutável em suas promessas, Nm. 23.19 “porventura tendo ele prometido, não o fará”?
b. será que as vazes Deus muda de idéia? Existem alguns textos na escritura que relatam uma mudança de propósitos de Deus com relação a sua palavra, citamos estes: a intervenção de Moisés, em oração, para evitar a destruição do povo de Israel na jornada do deserto, Ex. 39. 9-14; a não destruição de Nínive, após terdito que o faria, Jn. 3.1-4, e outros. É importante ressaltarmos, que, pelo fato de Deus ser imutável, estas mudanças não poderia ocorrer em sua palavra. No entanto, devemos compreender, que, Deus reage de modos diversos a situações diversas, ou seja, a sua palavra nestes contextos, tinha o propósito de arrependimento. Uma vez que sua palavra foi ouvida e obedecida, Deus também mudou seu propósito, não destruindo, como havia dito faria. c. A impassibilidade de Deus. Há teólogos que afirmam que Deus é impassível, ou seja, é isento de paixões ou sentimentos, e deste modo, não se importaria com o que estivesse acontecendo com o ser humano e até mesmo consigo próprio. A isto podemos afirmar não ser verdade, pois, há vários textos na Palavra que nos mostram Deus tendo, por exemplo; ira ou fúria, Ex. 32.10, alegria, Is. 62.5, compadecimento de seus filhos, Sl.103.13.etc. No entanto, devemos entender que Deus não tem desejos pecaminosos, pois ele é isento de pecado, por isso ama o pecador. d. A teologia do processo. Esta teologia, segundo Charles Hartshone, afirma que Deus deve estar em constante mutação, pois ele é afetado pelas mudanças e transformações que acontecem no universo, acrescentando a si mesmo todas estas adaptações. Se aceitarmos um ensinamento como este, logo desfazemos a imutabilidade de Deus, e, portanto, suas promessas e propósitos poderiam ser alterados, não se importando com elas em relação ao serhumano. É por isto que as Escrituras afirmam que Deus permanece o mesmo em todo o tempo. Sl. 102.25-27.
e. A infinitude e pessoalidade de Deus. Neste assunto, diz-se infinitude, o fato de que Deus não é sujeito a nenhuma das limitações que possamos conhecer, e, pessoal, pelo fato de seu relacionamento com as coisas criadas. O cristianismo se distingue dos demais sistemas teológicos exatamente por este fato, porquanto, os deuses da mitologia grega e romana eram pessoais, mas não infinitos, pois, tinham competições e rivalidades entre si. O deismo retrata um Deus infinito, porém não pessoal, não conseguindo se relacionar com o ser humano. O panteísmo, de igual forma, diz que Deus é infinito, todavia, não se relaciona com o homem, porquanto, diz, todo o universo é Deus. Por isto, pode-se afirmar a imutabilidade de Deus, pois que suas promessas e propósitos, sua pessoalidade e infinitude são de eternidade a eternidade. Tg. 1.17. 1.3 A eternidade de Deus. Por este atributo, pode-se definir assim: Deus não tem princípio nem fim nem sucessão de momentos em seu ser, porém percebe tudo com igual realismo, agindo no tempo preciso. Esta doutrina está associada diretamente com a imutabilidade de Deus, uma vez que ele não está suscetível as influencias do tempo.
a. Deus é eterno no seu próprio ser. O salmista Moisés, Sl. 90.2 nos dá uma informação precisa sobre a eternidade de Deus dizendo: “ Antes que os montes nascessemou que se formasse a terra e o mundo, de eternidade a eternidade tu és Deus” assim como esta passagem bíblica, encontramos outras mais dentro do mesmo contexto, como por exemplo, Ex. 3.14, no qual o próprio Deus afirma a Moisés: “Eu Sou o que Sou”, nome este que implica em contínua existência presente. É importante ressaltarmos o fato do estudo da física neste ambiente, pois ela diz que: a matéria, o tempo e o espaço precisam ocorrer ao mesmo tempo. Por isto, quando Deus começou a criar o universo, começou-se também a haver a sucessão de momentos ou tempo. Contudo, pelo fato de Deus ser imaterial, existe de forma independente, observa-se que é o próprio tempo que depende dEle, porquanto foi criado por Ele. Neste contexto, as passagens bíblicas afirmam que para Deus toda a existência é sempre de algum modo presente, independentemente de ser, para nós, passado ou futuro. b. Deus percebe todo o tempo com igual realismo. No salmo 90.4 está escrito: “Pois, mil anos aos teus olhos, são como o dia de ontem, que passou, e como a vigília da noite”, em contrapartida, o apóstolo Pedro, em ll Ped. 3.8 nos informa que: “um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia “. Estes textos da Palavra de Deus, nos mostra com clareza, o quanto é possível para Deus, a visualização do tempo de um modo real, não importando quando isto ocorreu na historia do ser humano, ou, no universo. Tudo está visível e patente aos seus olhose vívidos em sua consciência eterna. O texto de Is. 46.9-10 ilustram esta verdade de modo preciso, quando diz: “ Eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim, que desde o principio anuncio o que há de acontecer, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam, que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade”
c. Deus percebe os acontecimentos no tempo e age no tempo. Esta afirmação é de suma importância para que possamos compreender um pouco mais o modo de agir de Deus, pois caso contrário, seria de pensar que Deus pudesse de interferir nas ações humanas de um modo precipitado ou equivocado, sendo assim, poderia “atrapalhar” o transcorrer da história deste na terra. Mas tendo em vista que todas as coisas estão sempre presentes aos seus olhos, e, que Deus é “longânimo” para com seus propósitos, não querendo que ninguém se perca, Ele age exatamente no momento preciso, pois não se pode ultrapassar sua própria palavra. O texto de Gl. 4.4-5, nos dão esta informação com uma precisão tal que chega a ser aterradora: “...vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam debaixo da lei “. Observemos que neste texto o apóstolo faz menção da promessa feita por Deus ainda no princípio da criação, texto esse que está registrado em Gn.3.15, que diz: “...porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e a suadescendência; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar “. Deste modo, Deus permaneceu em referência a esta promessa, como também permanece a outras, passível até o momento ou tempo certo de enviar seu filho. Com isto, pode-se afirmar que mesmo percebendo a história com realismo, Deus respeita a transcorrencia do tempo humano, agindo no momento preciso da história deste.
d. sempre existiremos no tempo. Nossa transcorrencia no tempo humano, como sabe-se, nos é muito limitada. O Sl. 90,10 nos diz que: “ A duração da nossa vida é de setenta, e, se alguns pela sua robustez, chegam a oitenta anos, a medida deles é canseira e enfado” no entanto, a transcorrencia do tempo não exerce nenhuma influencia sobre o ser de Deus. Contudo, quando do novo céu e da nova terra que o Senhor fizer, e, ali estivermos, segundo o que encontramos na palavra do próprio Deus, ainda estaremos sob o efeito desta transcorrencia de tempo. Os vários textos que encontramos, e, especialmente os de Apocalipse nos mostram uma sucessão de eventos que ocorrerão. Ap. 21.26 nos diz que: “os reis da terra trarão a glória e a honra das nações” 22.2 diz: “ no meio de sua praça e de ambos os lados do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês; e as folhas da árvore são para a cura das nações.” Esses eventos, como se percebe, demandam uma transcorrencia de tempo. Esta transcorrencia, no entanto, não deve sercompreendida do modo como hoje conhecemos, porquanto, ali, “ não haverá noite, nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos” Apc. 22.5. estaremos deste modo, numa duração infindável de tempo, na presença de Deus por toda a eternidade. 1.4 a onipresença de Deus. Em referencia a este atributo de Deus, pode-se afirmar o seguinte: Deus não tem tamanho nem dimensões espaciais e está presente em cada ponto do espaço com todo o seu ser, ele, porém, age de modos diversos em lugares diferentes. A criação do mundo material implica diretamente na criação do espaço. Deste modo, sendo Deus o criador tanto de um quanto de outro, faz-se necessária, portanto, sua presença criadora em todo o lugar criado. a. Deus está presente em todo lugar. Os textos da palavra de Deus, que fazem menção a este atributo de onipresença, descrevem uma realidade plena de sua presença. Por exemplo: no salmo 139.7-10 diz Davi:
Para onde me irei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, lá estás; Se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; Se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda lá me haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá.
É importante observarmos que o salmista afirma uma presença total e, não parcial, como se apenas uma parte dEle estivesse presenteali, como também o apóstolo Paulo afirma: “ pois nele vivemos, e nos movemos , e existimos” At. 17.28 b. Deus não tem dimensões espaciais. A esta afirmação compreende-se que Deus não está limitado em uma determinada parte do espaço ou que se estenda no infinito infindável tornando-se desta forma abstrato. Mas esta afirmação demonstra, sobretudo, o fato de Deus não pode ser contido em qualquer que seja a dimensão espacial, porquanto está presente em sua totalidade em todos os lugares.
O sábio Salomão ao referir-se sobre aspecto da amplitude divina, diz: “Mas, na verdade, habitaria Deus na terra? Eis que o céu, e até o céu dos céus não te podem conter; quanto menos esta casa que edifiquei! “ l Rs. 8.27. c. Deus pode estar presente para punir, sustentar ou abençoar. Esta afirmação é por si só maravilhosa, tendo em vista que Deus está presente em todos os lugares ao mesmo tempo, também atua de modos diferentes, conforme a necessidade de cada lugar e momento. Sempre que nos referimos a presença de Deus, logo almejamos bênçãos para nossa vida, e, na verdade, sempre gostamos de ler estes textos, pois, nos trazem refrigério para a alma. Mas, como compreender a presença de Deus na vida do infiel, uma vez que este sempre está disposto a contrariar os planos e propósitos de Deus? Na verdade isto é resolvido dentro da seguinte analogia: mesmo Deus estando presente na vida deste, não quer dizer propriamente que eleesteja presente para abençoá-lo, mas, sim, e, sobretudo para o punir, e, isto quando do momento certo. Na parábola do joio e do trigo contada por Jesus, ( Mat. 13.24-30 ) nos mostra esta realidade da ação de Deus, que aguarda o momento de agir e atribuir a recompensa de cada um. Por isto, a escritura, com grande freqüência nos mostra a subsistência de todas as coisas pela palavra do seu poder. “Ele é antes de todas as coisas, e nele subsistem todas as coisas” Cl. 1.17
1.5 A unidade de Deus. Este atributo pode ser definido desta forma: Deus não está dividido em partes; porém percebemos atributos diversos enfatizados em momentos diferentes. Em referencia aos atributos de Deus, as escrituras nunca destacam um mais importante que outro, pois, todo atributo é completamente verdadeiro a cerca do caráter divino, muito embora, possam-se perceber instantes da manifestação deste e, logo, daquele outro. Mas estas considerações não devem nos proporcionar a idéia de que Deus seja uma coleção de atributos reunidos ou que seja algo externo ao ser real de Deus. Pelo contrário, todo o ser divino, compreende a totalidade de seus atributos e que cada um de seus atributos também qualifica cada um dos outros atributos reais de Deus. Isto se justifica pelo fato de que nós não poderíamos compreender a pessoalidade de Deus, caso ele se manifestasse na sua totalidade a nós. Por isto, cabe a nós estudarmos estes atributos, buscarmos, paraque, se porventura, tateando, o possamos achar, todavia que não está longe de cada um de nós. At. 17.27.



2- Os atributos comunicáveis de Deus. Nesta parte de nosso resumo, estaremos refletindo sobre aqueles atributos que de alguma forma podemos ter ou sentir. Ressaltamos, contudo, que nada do que possamos sentir, ver, ou ter faz-se na proporção dos atributos divinos, em seu ser total. a. Atributos que descrevem o ser de Deus.
2.1 Espiritualidade. A matéria da qual somos feitos, carne e osso, em muito se diferencia da matéria da qual Deus se constitui. Por conseguinte, as informações extraídas da escritura, neste assunto, nos dão conta de que “Deus é espírito “. Jô. 4.24. Sendo, pois, deste modo, não devemos atentar para a possibilidade de que Ele, de algum modo, possa ter forma corpórea, pois a isto ficaria simplesmente limitado, à nossa semelhança. Como também, não podemos imaginar que sua infinitude, o deixaria de algum modo, esparso, a se perder nesta sua espiritualidade, porquanto o espírito de Deus perscruta até as profundezas de Deus. Este é o modo do qual Deus se apresenta a nós, do modo mais elevado, inexplicável, espiritual. 2.2 A Invisibilidade. Este atributo está diretamente ligado a espiritualidade de Deus e pode assim ser definida: a essência integral de Deus, todo o seu ser espiritual, jamais poderá ser vista por nós, embora Deus se revele a nós por meio de coisas visíveis, criadas.Esta definição é comprovada pelas escrituras em toda a sua amplidão. Mesmo havendo textos que afirmem, tipo, Ex. 33.11 que diz: “E falava o Senhor a Moisés face a face, como qualquer fala com seu amigo...” não nos fazem perceber uma fala de essência integral de Deus, porém, uma simplesmente de modo amigável, cordial, orientadora. Deste modo, a escritura afirma: “ninguém jamais viu a Deus,...”Jô. 1.18. Na seqüência do texto, a escritura afirma, e, isto em consonância com os demais, que o único a ver e estar com o pai, é o Senhor Jesus Cristo. Porquanto ele afirma: “Eu e o pai somos um”, e: “Quem me vê a mim vê o Pai” Jô. 14.19. A nós, compete-nos aguardar o momento do qual possamos estar em sua presença para que possamos compreender com maior amplidão esta verdade, porquanto a escritura afirma que então, “assim como é o veremos”
b. Atributos mentais de Deus 2.3 O conhecimento ou onisciência de Deus. a definição é : Deus conhece plenamente a si mesmo e todas as coisas reais e possíveis num ato simples e eterno. Este atributo de Deus, talvez, seja o que reconheçamos, ou concordemos mais instintivamente. Porquanto, nossa capacidade de conhecimento, embora muito limitada, nos concede uma percepção adequada, e, isto em consonância com a palavra de Deus, de que Deus é perfeito em conhecimento, e, isto envolve o conhecimento real de si mesmo. O texto registrado em l Cor. 2. 10,11 nos relatam esta verdade quando diz:“...pois o Espírito esquadrinha todas as coisas, mesmo as profundezas de Deus. Pois, qual dos homens entende as coisas do homem, senão o espírito do homem eu nele esta? Assim também as coisas de Deus, ninguém as compreendeu, senão o Espírito de Deus” Deste modo, não há nada que se possa acontecer, fazer, sentir ou pensar que fuja do conhecimento divino, porquanto está presente em todos os lugares com a totalidade de seu ser.
2.4 Sabedoria. Este atributo, diz-nos que: Deus sempre escolhe as melhores metas e os melhores meios para alcançar estas metas. Isto, em referencia ao ser de Deus, é, pois de modo maravilhoso percebido mediante a criação feita por Ele. Por conseguinte as escrituras estão repletas de textos que relatam e exaltam esta sabedoria suprema, exemplo temos em Rom. 16.27, que diz: “O Deus único e sábio”, e Jó 12.13 “Com Deus está a sabedoria e a força; Ele tem conselho e entendimento” O importante do fato de Deus escolher as melhores metas e meios, dá-se no propósito da criação, onde esta foi moldado para render-lhe glória, e, nos processos cotidianos, ser levada a cabo aos propósitos divinos. Deste modo é que Deus pode agir, sabiamente, em consonância com toda a natureza criada, para lhe proporcionar o desencadear de sua vontade.
2.5 Veracidade. Este atributo está ligado ao fato que: ” Deus é o verdadeiro Deus, e que o seu conhecimento e todas as suas palavras são ao mesmo tempoverdadeiros e o parâmetro definitivo da verdade” O ponto principal desta afirmação de veracidade consiste no fato de que há um Deus verdadeiro, e, que se comparado aos deuses feitos pela mão e imaginação humanas, ocorre uma afronta direta a este verdadeiro e criador. Por isto a determinação do mandamento deste Deus soberano: “não terás outros deuses diante de mim”. Ex. 20.3 deste modo, somente o Deus verdadeiro pode conceder-nos uma idéia do que seja um verdadeiro Deus. Porquanto é a sua palavra, autoridade final neste assunto. De outro lado, isto é confiável, pois, toda a sua palavra, pode ser devidamente comprovada por suas ações realizadas a vista de toda a sua criação. O texto a seguir nos dá uma precisão real de sua ação: “Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele dito, não o fará? Ou, havendo falado, não o cumprirá”? Nm. 23.19 A recomendação da palavra de Deus, para nós que somos seus filhos se faz no sentido de que também possamos ter em nosso viver um reflexo da veracidade dele, quando diz: “Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com seus feitos e vos revestistes do novo homem.” Cl. 3.9,10


C. ARIBUTOS MORAIS 2.6 Bondade. A bondade de Deus implica que: ele é o parâmetro definitivo do que é bom, e que tudo o que Deus faz é digno de aprovação. São vários os textos da palavra de Deus que nos mostram tamanha informação sobreeste atributo de Deus. O próprio Senhor Jesus Cristo afirma: “ninguém é bom, senão um, que é Deus” Lc. 18.19. e, são de igual forma expressos de modo a nos mostrar que a bondade de Deus, só tem a nos proporcionar bem-estar. Neste contexto o apostolo Paulo nos diz em Rm. 12.2 que não nos conformando com este mundo, “possamos experimentar qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus”. Sendo assim, chegamos a conclusão de que a bondade real, só pode vir do próprio Deus. Até mesmo quando não compreendemos seu agir, sua providencia de bondade está a nosso favor, pois, “todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus...” Rm. 8.28 Por isto, a bondade que possamos realizar, deve estar alinhada ao padrão definitivo que é Deus, porquanto desde a criação, ele vem agindo de modo a proporcionar sua bondade para conosco em todos os aspectos. Gn.1.25. 2.7. amor. A definição deste atributo nos surpreende, quando atentamos para as ações de Deus com toda a sua criação: “Dizer que Deus tem amor como atributo é dizer que ele se doa eternamente aos outros” João diz que “Deus é amor “ lJo. 4.8. Nisto nós fomos de fato, muitíssimos beneficiados, porquanto, “Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” Jo. 3.16 , desta feita, seu amor é tão imenso por nós e sua criação, que “não poupou seu próprio filho, antes, o entregou portodos” Esta forma de amor nos leva a considerar qual a importância desta criatura caída de diante da presença de seu criador, como também a nos estimularmos ao amor recebido, de forma a corresponder às expectativas de Deus, amando a Ele como também ao próximo. Isto proporciona não apenas a correspondência da expectativa divina, como também alegraria a seu coração, por isto exclama o profeta Isaias: Is. 62.5 “como o noivo se alegra da noiva, assim de ti se alegrará o teu Deus”
2.8 Misericórdia, graça, paciência. Estas características de atributos de Deus são muitas vezes mencionadas lado a lado nas escrituras. Um exemplo desta situação está em Ex. 34.6 “Senhor, Senhor Deus compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade” pode-se observar que as características formam um conjunto das ações de Deus para com o necessitado de modo a compreender um cuidado especial ao angustiado, trazendo-lhe alívio, solução ou salvação; que são realizados pela sua graça.
2.9 Santidade. Este atributo diz-nos que: Deus é separado do pecado e dedica-se a buscar sua própria honra esta definição nos mostra uma qualidade relacional e outra moral: ( separação de; e, em prol da própria honra ). Esta “separação de” nos indica , em referencia a Deus, que, pela sua imaterialidade e espiritualidade, ele não se contamina com nenhuma possibilidade de pecado. O texto de Lv. 19.2 nos dá uma idéia precisa desta realidade: ” Falaa toda a congregação dos filhos de Israel, e dize-lhes: Sereis santos, porque Eu, o Senhor vosso Deus , sou santo” como se pode observar, a determinação de santificação em meio o povo de Israel tinha como propósito específico a honra ao Deus presente no meio deles. É importante frisarmos que esta determinação, não se absteve apenas neste momento da jornada. Em Heb. 12.14 nos estimula a que “buscai a santificação, sem a qual ninguém verá o senhor”
2.10 Paz. Muito embora esta palavra tão pequena, mas de tamanha siguinificância, pode ser definida assim: “Deus está apartado de toda confusão e desordem; porém, é incessantemente ativo em atos simultâneos, bem ordenados e plenamente controlados.” Esta definição está plenamente alinhada com a palavra de Deus e em toda a transcorrencia de toda a história do universo, pois, a exemplo da criação, do envio de seu filho nascido de mulher, e dos demais atos registrados, Deus age exatamente de modo ordenado, e, nesta ordenação de eventos se proporciona a paz da qual se faz sentir, tanto no universo, quanto na alma do ser humano. Em l Cor. 14.33 registra a palavra: “Porque Deus não é Deus de confusão, mas sim Deus de paz.” 2.11 Justiça. Este atributo divino pode ser assim definido: Deus sempre age segundo o que é justo, e que ele mesmo é o parâmetro definitivo do que é justo. Em Dt. 32.4 encontramos uma pergunta de Abraão direcionada a Deus, ante o momento dedestruição de Sodoma e Gomorra: “Não fará justiça o juiz de toda a terra”? Observa-se que o pedido de Abraão a Deus é feito no sentido de apelo a um juiz soberano, do qual, os fatos do qual estavam para ocorrer, não seriam indeferidos senão pela intervenção deste juiz universal. Esta revelação demonstra o fato de que Deus baseia suas ações de justiça em seu próprio caráter, que é justo. Quando observamos o questionamento de Deus, em sua fala com Jó, nos capítulos 38 e 39, nota-se que ele usa de um censo de justiça que ultrapassa os limites da compreensão humana, pois esta, vai até a regência do universo em seus mínimos detalhes e, diante disto, só resta a Jó pôr mão à boca, pois jamais poderia responder a tal censo de justiça, uma vez que esta é universal.
2.12 Zelo. Dizer que Deus é zeloso, é dizer que “ele busca proteger continuamente sua honra”. Quando Deus apresenta seus mandamentos ao povo no deserto, ele coloca uma cláusula justificando uma de suas determinações dizendo: “...porque eu o Senhor, teu Deus, sou Deus zeloso...” Ex. 20.5 esta afirmação denota o fato de ele sempre zela pelo cumprimento de sua palavra, no sentido de faze-lo que seja honrado. Outro texto que revela este cuidado divino no zelo de sua palavra é o de Is. 48.11 que diz: “Por amor de mim o faço; porque como seria profanado o meu nome? A minha gloria não a darei a outrem.” Isto revela a nós o quanto Deus zela pelo cumprimento de sua palavra,de tal forma a não permitir que sua glória seja profanada. 2,13. A Ira de Deus As escrituras estão bastante recheadas de textos que expressem sobre este atributo de Deus. Por isto a necessidade de que possamos buscar compreender estas passagens bíblicas. Este atributo está diretamente ligado ao fato de que: Deus odeia intensamente o pecado. Desta forma, a ira de Deus, está diretamente associada aos demais atributos como: Santidade, Justiça, Zelo, Verdade e aos demais. Sua ira é despertada frente o fato de desobediência a sua palavra. Uma vez sabedor de toda a transcorrencia, tanto de seus propósitos quanto da ação humana, que pode ser favorável ou não aos seus planos, Deus interage corrigindo aqueles que de alguma forma contrariam seus propósitos. Na caminhada do deserto, o povo por várias vezes mostrou-se obstinados a seguir as orientações divinas, de modo a atrasar seus planos de bênçãos para eles próprios, suscitando assim, a ira de Deus por meios de destruição do povo. No capítulo 9 de Deuteronômio, Moisés relembra o povo estas ações deliberadas deles e as devidas conseqüências, produzidas pela ira de Deus. No novo testamento, este atributo de Deus não perde suas características, porquanto, o apóstolo Paulo ao referir-se sobre o castigo divino naqueles que deliberadamente continuam contrariando os princípios estabelecidos por Deus, diz: “ do céu é revelada a ira de Deus contra toda a impiedade e injustiça doshomens que detêm a verdade em injustiça” Rm. 1.18. Deste modo, sua ira está associada legitimamente a sua justiça e santidade, porém, como Deus é um Deus de paz, esta revelação de ira está reservada para um momento específico, o que de igual forma revela sua longanimidade, pois não é seu desejo que pereçamos, mas sim que venhamos ao arrependimento e conversão. ll Ped. 3.9,10.



CONCLUSÃO Propomos neste resumo, um esclarecimento, ainda que de forma abreviada, as várias manifestações dos atributos de Deus, assim, analisados entre os incomunicáveis e comunicáveis a nós. Dou graças a Deus que pela sua Independência, proporciona condições necessárias e suficientes para a dependência de toda sua criação; que pela sua Imutabilidade, mantém-se fiel aos seus propósitos e promessas; que pela sua Eternidade, percebe o tempo e os acontecimentos na história deste que se encaminha para a realização de seus propósitos e promessas agindo para este fim; que pela sua Onipresença, ultrapassa e transcende a todo espaço, de modo que não estamos sós. Além destes, podemos citar sua Espiritualidade, Invisibilidade, Onisciência, Sabedoria, Bondade, Amor, Santidade, Misericórdia e tantos outros, que, direcionados a nós, proporcionam-nos confiança em suas promessas, comunhão com seus propósitos, esperança em sua misericórdia e salvação em sua graça. A Ele, Eterno, Imarcescível, toda a glória.







sexta-feira, 11 de julho de 2014

A LETRA MATA ?


QUANDO É QUE A LETRA MATA? Em primeiríssimo lugar, esta palavra não tem,nada a ver com o famoso“conhecimento mata”é o que  muita  gente , equivocadamente  interpreta .

 Mas a asseveração paulina está falando sobre a lei de Moisés, a qual julgava o pecado e condenava o pecador a morte; por isso a LETRA MATA !.


 Além dessa interpretação primária, podemos fazer também uma i n t e r p r e t a ç ã o secundária. 


A LETRA MATA q u a n d o somos LITERALISTAS, ou seja, quando interpretamos a Palavra pelo seu lado literal, frio, radical, inumano, algo sem  s e n t i m e n t o . 
N ã o podemos esquecer: A chave da interpretação bíblica é JESUS. 


Devemos julgar, ajuizar qualquer coisa a partir da vida de Jesus, pois Ele é o nosso parâmetro, modelo, arquétipo. Outra forma de matar é fazê-lo EM NOME  DO QUE ESTÁ ESCRITO. 


Tem muita gente matando em nome de Deus baseado no “está escrito”. Porém disse Jesus: “... MASTAMBÉM ESTÁ ESCRITO!”


1. Como diz certo escritor, nóssomos o único exército que mataos seus feridos. E os matamosutilizando-nos da mesma Palavraque deveria dar a eles vida e curálos.


2. A igreja, depois de Cristo,começou a torcer a cana quebradae a apagar o pavio que fumegaa t r a v é s d o s e u m o r a l i s m oexacerbado. Infelizmente, a igrejavirou lugar de “coveiros” de plantãoque, a qualquer suspeita, exumamcorpos mortos e em decomposiçãopara mostrar erros do passado.


3. A igreja virou justiceira. Como talé i m p i e d o s a , i n c l e m e n t e ,detestavelmente justiça própria. Nasua construção moral, criou opecado para morte, a culpa, o limitepara o perdão, coisa que Jesusnunca estabeleceu como norma,lei, regra.


4. Há irmãos que fazem o tipo“advogado de Deus” como seestivessem ajudando o Todo-Poderoso a proteger e manter suaigreja santa e imaculada a partir desua ótica. Mas não sabem queestão construindo o túmulo ondeserão enterrados.


5. A Igreja precisa ler mais osevangelhos para interpretar asquestões da vida MAIS PELA VIDADE JESUS do que por uma palavrafria, literal e sem sentimento, pois “aletra mata”.


6. Precisamos tirar nossos irmãosda Cruz. Estamos crucificandoaqueles que foram perdoados porJesus.


7. É um perigo mor tal quandocrentes começam a usar o ESTÁE S C R I T O f o r t u i t a econvenientemente para garantir queo que está fazendo é da inteiravontade de Deus. Assim a LETRAMATA.


A LETRA MATA


1. A LETRA MATA quando fazemosl e i t u r a s  b í b l i c a s  d e s c o n t e x t u a l i z a d a s ,descomprometidas com o fatocultural, histórico-social do texto,sem nenhuma santidade com aexatidão daquilo que estamosfalando.


2. A LETRA MATA quando as“pedras que trazemos nas mãos”para apedrejar alguém exercemmais fascínio do que o perdão deDeus.


3. A LETRA MATA quando nos falta ahumildade para abaixar e lavar ospés empoeirados de alguém.


4. A LETRA MATA quando asnormas que seguimos passam aser maiores do que a própria vida.


5. A LETRA MATA quando nose s c a n d a l i z a m o s p e l a a ç ã oencantadora de alguém pela obrade Deus.


6 . A L E T R A M ATA q u a n d omatamos um irmão em nossocoração, sem lhe dar nova chance.


7. A LETRA MATA quando oimpulso de condenar é maior doque a vontade de absolver.


8. A LETRA MATA quando o desejode ser santo é maior do que o deser gente.


9. A LETRA MATA quando aquiloque matamos é “o diferente” quenão aceitamos.


1 0 . A L E T R A MATA q u a n d oroubamos as viúvas, matamos osprofetas, mas damos o dízimo doque nem precisamos dar, numatotal e mentirosa demonstração dedevoção.


11. A LETRA MATA quando damosuma de “bonzinhos” a fim deescondermos maldades malignas.


12. A LETRA MATA quando oCOMPRIMENTO da Lei é maior doq u e o C U M P R I M E N T O d amisericórdia.


13. A LETRA MATA quando apredisposição de quem a interpretatem sempre a intenção de segregar,matar, punir, condenar.


14. A LETRA MATA para os que sóveem o lado punitivo da Lei, porquenão conseguem enxergar belezanos atos humanos.


15. A LETRA MATA quando nãoconseguimos enxergar o nossoirmão como irmão, mesmo depoisde ter cometido um fatídico erro.


16. A LETRA MATA quando nãoQUEREMOS ENTRAR NA CASA EPA R T I C I PA R DA F E S TA D ECOMEMORAÇÃO pelo retorno doirmão que estava morto, mas decidiuvoltar para a casa do pai.


17. A LETRA MATA quando o nossoreligiosismo tira de nós a alegria deuma vida simples, fr utífera eabençoadora, por conta de umavisão dura e legalista.


18. A LETRA MATA quando a nossa"santidade" nos faz passar de"largo" do necessitado e aflito, porconta do medo de uma possívelcontaminação.


19. A LETRA MATA quando aquiloque quer matar é o EU da essênciahumana que não pode morrer, poisse morrer morre o todo.


20. A LETRA MATA quando cerceiaa vida e faz da vida um cativeiro dep r o i b i ç õ e s , i n t e r d i ç õ e s ,impedimentos.


CONCLUSÃO:


Interpretar a Bíblia Sagrada pelaLETRA DA LEI foi o que, antes deJesus, os fariseus faziam. Coavammosquito e deixavam passargordos camelos pela malha da suao r t o d o x i a . C o m  s u a si n t e r p r e t a ç õ e s  l e g a l i s t a senvenenaram o amor oceânico deD e u s  p e l a  h u m a n i d a d e , etransformaram Deus em tirano,déspota. A igreja, em muitos dosseus seguimentos, é patológica epatologizante, porque transforma oEvangelho de Jesus em umfundamentalismo da pior espécie. 


Rev. Paulo Cesar Lima.


sábado, 28 de junho de 2014

PAULO INCENTIVOU A IGNORANCIA?




Uma passagem bíblica empregada como desculpa para o anti-intelectualismo é Colossenses 2.8: “Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas”.
A confusão em torno dessas palavras de Paulo é bem antiga. Tertuliano, um dos pais da igreja do 2º século, ao enfrentar as ameaças do gnosticismo, que tentava combinar elementos do Cristianismo, do Judaísmo e da filosofia grega, teria dito que “é a filosofia que fornece a bagagem intelectual para as heresias”[1]. Ocorre, no entanto, que a crítica de Tertuliano era contra o método dialético de Aristóteles, pelo qual qualquer pessoa poderia justificar quase qualquer conclusão a partir de um argumento coerente, com base em uma premissa maior e uma premissa menor, fossem tais premissas verdadeiras ou não.
Michel Horton explica da seguinte forma:
Tertuliano estava reagindo contra a exploração desse método [dialético] pela seita gnóstica. O mau uso que eles faziam dele [método] fez que o pai da igreja desistisse totalmente de usá-lo na reflexão cristã. Ele apelou para uma passagem que desde então foi muito usada (e talvez abusada) em que Paulo admoesta os crentes colossenses: ‘Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo’ (Cl 2.8; ver também 1Tm 1.4; 2Tn 2.17). Afinal, de contas, trovejou Tertuliano, “o que tem Jerusalém a ver com Atenas, a Igreja com o mundo acadêmico, o cristão com o herege?.
Michel Horton também observa que em sua advertência aos colossenses Paulo não estava argumentando, ao estilo de Tertuliano, que os cristãos devessem considerar toda a sabedoria e filosofia humanas como hostis à fé, pois é preciso lembrar que Paulo foi o homem que defendeu de modo tão eloquente em favor do Cristianismo a partir da filosofia humana em Atos 17. Longe de uma rejeição a todo tipo de filosofia, Paulo estava simplesmente criticando os que misturavam o Cristianismo com a filosofia grega, a qual gerava um misticismo especulativo.
Com efeito, “quando Paulo adverte contra deixar-se levar pela vã filosofia, ele tem em mente um problema específico: essa confusão do cristianismo com a filosofia grega, a última tendo se inserido de modo descuidado sobre a primeira a ponto de as definições de Deus, da criação, da natureza humana, da História e da redenção terem sido totalmente remodelados”. Paulo – prossegue Horton – não estava atacando a filosofia em si, mas o gnosticismo em particular e a dominação da teologia pela sabedoria secular em geral.[2]
A propósito, não faz muito sentido interpretar as palavras do apóstolo Paulo divorciadas de seu exemplo de vida. Paulo foi um erudito. Era brilhante intelectualmente. Possuía um grande apreço pela leitura, estudo e ensino, e usou sua capacidade em prol do Reino de Deus. Estudou aos pés de Gamaliel, um dos mais notáveis pensadores judaicos da época. Ele conhecia a filosofia grega e a literatura gregas (At 17,27, 28; Tt 1.13, 14). Empregou suas habilidades intelectuais para a defesa do evangelho em suas viagens missionárias, mostrando que as profecias do Antigo Testamento haviam se cumprido em Jesus (At 17.1-4). Em Atenas, participou de diálogos culturais, fazendo citações de poetas gregos, antes de conclamar os atenienses ao arrependimento (17.17, 22-31)[3]. Inspirado pelo Espírito Santo, seus escritos foram essenciais para a expansão do Cristianismo e para a formulação de suas bases doutrinárias.
Portanto, alegar que Paulo tenha incentivado a cultura da ignorância é uma tentativa nada inteligente de justificar o injustificável.


[1] HORTON, Michael Scott. O Cristão e a cultura. [tradução Elizabeth Stowell Charles Gomes]. 2.ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2006, p. 49.
[2] HORTON, Michael Scott, p. 59.
[3] NAÑES, Rick. Pentecostal de coração e mente: um chamado ao dom divino do intelecto; tradução Ana Schaeffer. São Paulo, Vida. 2007, p. 48..

quinta-feira, 1 de maio de 2014

ONIPOTENCIA

                                                       


A grandeza do poder de Deus é vista nas obras por Ele criadas, a vastidão do universo se confunde com a nossa imaginação, os reinos macro e microscópicos são igualmente complexos, o DNA humano é algo sublime e maravilhoso. Seu poder criativo é tanto incomensurável como incompreensível; Deus tem todo poder em todo o tempo (nada existe fora D’Ele) para fazer tudo que esteja em conformidade com a sua natureza.


PALAVRAS-CHAVES
Deus, Caráter, Vontade

No livro do profeta Jeremias (32.17) há uma descrição excelente para a onipotência divina – “Ah Senhor Jeová! Eis que tu fizeste os céus e a terra com o teu grande poder e com o teu braço estendido; não te é maravilhosa demais coisa alguma”. A onipotência divina Lhe permite realizar completamente a Sua vontade. Faz-se necessário entender que Deus é um Ser perfeito, e que Sua vontade é perfeita; Ele não se permite tomar atitudes irracionais, independente de ter poder para realizá-las.


Toda causa é
anterior a seu efeito, Deus é o único ser que existe por Si mesmo; Deus é causa, nunca efeito de algo anterior a Ele. Seu poder causal é infinito; por ser “incriado” Ele é ato puro, nunca há perda de poder em Deus ou gasto de energia divina. Ele existe por si mesmo, independe de matéria para existir. Deus é perfeito em sua essência, natureza, soberania, vontade ou quaisquer outros atributos ou qualidades que pudessem ser relacionados.
Deus pode criar ou fazer qualquer coisa, porém, devido a sua própria natureza e santidade perfeitas, tudo que é contrário à Sua vontade nunca é realizado. Isto jamais implica em menos poder, antes demonstra uma autolimitação da Sua vontade. Deus nada faz que seja contrário à Sua natureza, nem coisas contraditórias entre si.
Louis Berkhof em seu livro de Teologia Sistemática, ressalta que “a importância da vontade divina aparece de várias maneiras na Escritura. É apresentada como a causa final de todas as coisas. Tudo é derivado dela; a criação e a preservação, Sl 135.6; Jr 18.6; Ap 4.11, e até as menores coisas da vida, Mt 10.29.
O poder divino também é manifesto em sua soberania sobre tudo e todos.

 A Bíblia é
rica em relatos demonstrando a soberania e vontade divinas sobre nações, reis, eventos da natureza, anjos ou demônios. Deus é soberano, contudo, a palavra arbitrário está fora de cogitação quando refere-se às qualidades divinas.
O poder divino pode ser definido em potentia Dei absoluta, que é o poder absoluto pelo qual Deus é capaz de fazer o que Ele não fará(mas poder ser feito) e potentia Dei ordinata que é o poder ordenado pelo qual Deus faz o que decidiu ou ordenou fazer. Louis Berkhof saliente que “se Ele não tivesse poder para fazer tudo o que pudesse desejar, não teria poder para fazer tudo o que deseja”.


A excelência de Deus é demonstrada em Seus atributos que se harmonizam entre si e que jamais entram em contradição com sua natureza divina perfeita. O caráter santo de Deus governa Sua vontade, que governa Sua onipotência, que Lhe permite fazer o qualquer coisa que não seja contrário ao Seu caráter.
Pode-se usar o exemplo do livre arbítrio do homem; ele tem liberdade de escolha e vontade própria, sendo assim a soberania divina nunca viola o livre arbítrio humano, pois Deus é soberano e controla tudo o que já
existiu, existe ou existirá. A onipotência divina deixa o cristão tranquilo e com paz interior pois ele sabe que pode recorrer ao seu Pai, Criador do universo quando existem problemas e que nada nem ninguém existe igual ou superior a Ele. A vontade divina é soberana, ética, justa e amorosa para com toda a criação. É a base da paz e confiança de seu povo.
















A CRUZ RESPONDE

                               


                                             
  








Atributos de Deus
Isa 5:16 Mas o Senhor dos exércitos é exaltado pelo juízo, e Deus, o Santo, é santificado em justiça.

Deus é Bom
Luc 18:19 Respondeu-lhe Jesus: Por que me chamas bom? Ninguém é bom, senão um, que é Deus.

Nos Pecamos
Rom 3:12 Todos se extraviaram; juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só.
Rom 3:23 Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;

Como um Deus santo chamo o ímpio para ter comunhão com ele?
Núm 14:18 O Senhor é tardio em irar-se, e grande em misericórdia; perdoa a iniqüidade e a transgressão; ao culpado não tem por inocente, mas visita a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e a quarta geração.

A resposta de tudo isso encontra na cruz de Jesus Cristo
Rom 3:24 sendo justificados gratuitamente pela sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus,
Rom 3:25 ao qual Deus propôs como propiciação, pela fé, no seu
sangue, para demonstração da sua justiça por ter ele na sua paciência, deixado de lado os delitos outrora cometidos;
Rom 3:26 para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e também justificador daquele que tem fé em Jesus.

Ele consumou a nossa divida na cruz do calvário
Tanto a ira de Deus foi lançada em jesus como os nossos pecados ele carregou
Joã 19:30 Então Jesus, depois de ter tomado o vinagre, disse: está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.

Ele agradou a Deus ele foi esmagado por nossas transgressões
Isa 53:10 Todavia, foi da vontade do Senhor esmagá-lo, fazendo-o enfermar; quando ele se puser como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias, e a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos.

E nenhum outro a salvação
Ats 4:12 E em nenhum outro há salvação; porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, em que
devamos ser salvos.
Joã 14:6 Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.

A um so mediador entre Deus e o Homem

1Tm 2:5 Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem,

Deus chama ao arrependimento
Ats 17:30 Mas Deus, não levando em conta os tempos da ignorância, manda agora que todos os homens em todo lugar se arrependam;

Devemos crer em jesus cristo
Mar 1:15 e dizendo: O tempo está cumprido, e é chegado o reino de Deus. Arrependei-vos, e crede no evangelho.

Esperança no Senhor
1Pe 1:13 Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios, e esperai inteiramente na graça que se vos oferece na revelação de Jesus Cristo.

Salvacão não vem de Obras
Efs 2:8 Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus;
Efs 2:9 não vem das obras, para que ninguém se glorie.

domingo, 30 de junho de 2013

SER CRISTÃO É MAIS DO QUE USAR O NOME DE JESUS






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Ser cristão é mais do que apenas usar o nome de Cristo. O verdadeiro cristão:


 1. É alguém que é nascido de Deus: "Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus". (João 1:13). “Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre". (1ª Pedro 1:23).



 2. É alguém escolhido para servir: "Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda". (João 15:16).



 3. É alguém que não procura a salvação nas boas obras: "Não vem das obras, para que ninguém se glorie". (Efésios 2:9).



 4. É alguém que busca a justiça de Deus: “E é assim também que Davi declara ser bem-aventurado o homem a quem Deus atribui justiça, independentemente de obras..." (Romanos 4:6).



 5. É alguém que edifica sobre o fundamento que é Cristo: "Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo". (1ª Coríntios 3:11).



 6. É alguém que confessa Cristo como seu Salvador e Senhor: "A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo".(Romanos 10:9).



 7. É alguém que serve ao Senhor: "Porque de vós repercutiu a palavra do Senhor, não só na Macedônia e Acádia, mas também por toda parte se divulgou a vossa fé para com Deus, a tal ponto de não termos necessidade de acrescentar coisa alguma". 1ª (Tessalonicenses 1:8).



 8. É alguém que é zeloso de boas obras: "O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniquidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras".(Tito 2:14).



 9. É alguém que procura ganhar almas: "De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamos-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus". (2ª Coríntios 5:20).



 10. É alguém que aguarda o retorno do Senhor: "Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo". (Tito 2:13).



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